Outro petardo Funk de 1971, esse produto da mente não menos frita de George Clinton e seu Funkadelic, dream team do Funk influenciado pela psicodelia. Nesse disco o Funkadelic chega no extremo psicodélico, música pra derreter o cerébero, a começar pela faixa-titúlo, com dez minutos de fritação. Sonzeraça!!
Um dos criadores do Funk, Sly Stone foi uma das cabeças mais fritas da música negra norteamericana. Em 1969 Sly e sua banda participaram do festival de Woodstock e lançaram o excelente Stand!, com hits good vibes como 'I wanna take you higher', bem de acordo com o Flower Power e o otimismo reinante na época. Mas, dois anos depois, o sonho já havia acabado, e Sly, cada vez mais afundando nas drogas, criou esta outra obra-prima, em total contraste com Stand. Aqui o funk encontra seu lado negro, com letras desesperançosas e arranjossinistros. Ainda assim, uma tremenda sonzeira. Recomendo ouvir ambos os discos e sacar o MOOD de Sly Stone.
Sly and the Family Stone - There's a Riot Going On (1971)
Pedindo licença a esses Blogs fundamentais, fazemos este post inaugurando a safra de compilações de blogs. Iniciando com um seleto. O melhor da musica jamaicana. You and Me On a Jamboree:
um blog sem precedentes no mundo. porém, já com alguns bons seguidores.
uma seleção realizada por especialistas.
enjoy.
1. Primeiro album de Augustus Pablo:This is Augustus Pablo, 1973
Primeiro disco de Augustus Pablo com influencia de Early Reggae ainda
01 - Dub Organizer 02 - Please Sunrise 03 - Point Black 04 - Arabian Rock 05 - Pretty Baby 06 - Pablo In Dub 07 - Skateland Rock 08 - Dread Eye 09 - Too Late 10 - Assignement No. 1 11 - Jah Rock 12 - Lovers Mood
Ringo Confucious The Reburial Eastern Standard Time Occupation Melancholy Baby Don D. Junior - Heavenless Roll On Sweet Don Elevation Rock Schooling The Duke Lester Sterling & Don D. Junior - African Beat Valley Princess Ouveaê!
3 - Álbum Instrumental fantástico com o saxofonista do Skatalites...
Tommy McCook - Top Secret (1969)
Green Mango Top Secret Wild Bunch Green Apple Beirut Jungle Skank West Street Special Big Bad & Bold Midnight Time Mistic Mood Walk On The Side * Hot Shot * Watch This Music * Sweet Soul Special *
Jackie Mittoo - A Tribute to: Interpretations and Improvisations
01- evening time featuring monty alexander 02- drum song featuring marjorie whylie 03- west of the sun featuring ansel collins and dalton browne 04 hot milk featuring neville hinds 05 autum sounds robbie lyn 06 one step beyond featuring jon williams 07 lazy bones harold butler 08 oboe featuring lloyd obeah denton 09 who done it featuring keith sterling 10- full charge featuring gladstone anderson 11 ram jam featuring ibo cooper 12 dancing groove featuring mallroy williams 13 hot shot featuring sidney thorpe 14 napoleon solo featuring peter ashbourne 15 mission impossible featuring tyrone downie 16 highways featuring carrol bowie mclaughlin 17 darker shade feat. paul wrong, move crossdale 18 clean up feat. wycliffe, steely johnson & cleveland browne Ouveaê!
5 - Crássicos do Reggaemento com o finado Stanley Beckford
Stanley Beckford - Reggaemento
Esse que é o ultimo album de sua carreira, lançado alguns anos antes de sua morte em 2007 por câncer.
01 - Stanley Beckford - Wanted Man 02 - Stanley Beckford - Israelites 03 - Stanley Beckford - Oh Jah Jah 04 - Stanley Beckford - Let The Devil Gwaan 05 - Stanley Beckford - 007 Shanty Town - Ill Neve Grow Old (Medley) 06 - Stanley Beckford - Cause Way Road 07 - Stanley Beckford - Sam Fi Man 08 - Stanley Beckford - Telephone Calling 09 - Stanley Beckford - Feel Like Jumpin 10 - Stanley Beckford - Donkey Man 11 - Stanley Beckford - Oh Jehovah Ouveaê!
6 - Para finalizar, um não-reggae:
Booker T. & The MG's - Soul Dressing (1965)
(recomendando, também, o Green Onions...)
Soul Dressing é o segundo albúm do Booker T., dois anos depois de Green Onions. A musicalidade continua a mesma.
01 - Soul Dressing 02 - Tic-Tac-Toe 03 - Big Train 04 - Jellybread 05 - Aw' Mercy 06 - Outrage 07 - Night Owl Walk 08 - Chinese Checkers 09 - Home Grown 10 - Mercy Mercy 11 - Plum Nellie 12 - Can't Be Still
O som desses caras é embaçadíssimo! Banda de Chicago, formada por nove músicos. Um na bateria, e os outros oito compondo uma linha de metal da pesada. O Hypnotic Brass Ensemble faz um som com muita energia e ótimas melodias com os instrumentos de sopro dominando tudo. Nem dá pra sentir falta de piano, guitarra, baixo. A parada já é completa. São quatro músicos nos trompetes, dois com os trombones, um faz o que seria o baixo no sousaphone (uma espécie de tuba), um no barítono, e o batera ditando o ritmo, com levadas funky/hip-hop/latin/soul. Sete dos integrantes do Hypnotic são irmãos. Todos filhos do trompetista Phil Cohran, que tocava no Sun-Ra Arkestra. Como é uma banda que não necessita de energia elétrica pra tirar um som, os caras fazem várias intervenções nas ruas. Montam a bateria na esquina, no metrô, no parque e tiram um puta som pra todo mundo ver, vendendo os cd’s diretamente na mão das pessoas. Sonzera que vale a pena conferir!
Este primeiro disco solo de Frank Zappa (sem os Mothers of Invention) é mais um ilustre quarentão. A essa altura Zappa já era um nome a se respeitar no rock vanguardista norte-americano. Mais respeitável pensando que ele NÃO usava drogas! De qualquer forma, esse Hot Rats é também a primeira incursão de Zappa pelo terreno do jazz-rock. É quase todo instrumental, com exceção da segunda faixa, 'Willie the Pimp', com vocais do amigo de infância de Zappa Capitain Beefhart. De resto é só fritação com o mestre esmirilhando na guitarra em faixas que aliam a sofisticação musical do jazz com a atitude suja do hard rock, que se alongam por até DEZESSETE minutos sem entediar o ouvinte, como em 'The Gumbo Variations'. Exceção é a primeira, 'Peaches en Regalia', de uma suntuosidade épica em apenas pouco mais de três minutos, e 'Little Umbrellas'. Um clássico indispensável.
Frank Zappa - Hot Rats (1969)
01 - Peaches En Regalia 02 - Willie the Pimp 03 - Son of mr. Green Genes 04 - Little Umbrellas 05 - The Gumbo Variations 06 - It must be a Camel
Na capa deste álbum, os músicos Cecil Spence e Lascelle Bulgin aparecem de muletas no palco. Nascidos na Federação das Índias Ocidentais, como eram conhecidas as colônias britânicas no Caribe até sua independência, Bulgin e Spence se conheceram em uma clínica para vítimas da paralisia infantil. Juntos, eles e Albert Craig montaram a Israel Vibration na década de 1970. A banda jamaicana lançou álbuns sensacionais, como The Same Song, Strengh of my Life e Vibes Alive, mas Live Again! é a cereja do bolo. Feito em parceira com a banda Roots Radics, é uma coletânea de sucessos tocados durante uma turnê feita nos EUA em 1996. As letras são repletas de referências aos misticismos rastafari e suas diferentes vertentes: Bobo Ashanti, Nyabinghi, as Doze Tibos de Israel, entre outros.
Provavelmente o segundo melhor álbum da história do reggae depois de todos os do Bob Marley.
1. Rockfort Rock 2. Same Song 3. Jailhouse Rocking 4. RudeBoy Shufflin 5. Never Gonna Hurt Me Again 6. You Never Know 7. There Is No End 8. On the Rock 9. Greedy Dog 10. Racial Injustice 11. Red Eyes 12. Strength of My Life 13. Licks and Kicks 14. War
Outra obra-prima setentista brasileira que poucos conhecem é esse WALTER FRANCO, em si uma das figuras mais insanas da música tupiniquim, esse disco aqui é coisa séria. Novamente, aqui tem uma resenha melhor elaborada sobre essa pequena pepita sonora.
Walter Franco - Revolver (1975)
01 - Feito Gente 02 - Eternamente 03 - Mamãe D'agua 04 - Partir do Alto / Animal Sentimental 05 - 1 Pensamento 06 - Toque Frágil 07 - Nothing 08 - Arte e Manha 09 - Apesar de Tudo é Leve 10 - Cachorro Babucho 11 - Bumbo do Munco 12 - Pirâmides 13 - Cena Maravilhosa 14- Revolver
E já que a onda tá boa, vamos continuar nessa toada. Esse é outro clássico mundrunguês, que se liga ao disco anterior da Gal por tb contar com o bom e velho Lanny Gordin na guitarra. Ao voltar do exílio em Londres o futuro ministro Gilberto Gil lançou esse verdadeiro manifesto de amor ao país que o havia expulsado, misturando as sonoridades roots de Jackson do Pandeiro e Banda de Pífanos de Caruaru com o Rock and Roll da terra da rainha. Abre com 'Pipoca Moderna' e seus pífanos, pra seguir com 'Back in Bahia', a dobradinha de Jackson com 'Canto da Ema' e 'Chiclete com Banana', e por aí vai, com petardos como 'Vamos passear no astral', 'O sonho acabou' e a faixa-titúlo. Talvez o melhor disco de Gil. Tem uma resenha muito melhor que a minha aqui, para quem se interessar.
Gilberto Gil - Expresso 2222 (1972)
01 - Pipoca Moderna 2:02 02 - Back in Bahia 4:30 03 - O Canto da Ema 6:25 04 - Chiclete com Banana 3:24 05 - Ele e Eu 2:20 06 - Sai do Sereno 3:21 07 - Expresso 2222 2:42 08 - O Sonho Acabou 4:15 09 - Oriente 6:03
Aproveitando o embalo, lá vai mais um clássico brasileiro muito ouvido em vinil, neste caso na vitrolinha do Sherlon. Gravado em 1968 e lançado apenas no ano seguinte, a estréia solo de Gal Costa é um legítimo representante da Tropicália, e ajudou a manter a chama tropicalista acessa em 1969, com a barra pesada e o exílio e Gil e Caetano. Gal canta com voz impecável e acompanhada da guitarra de Lanny Gordin composições, de Gil, Caetano, Jorge Ben, Roberto & Erasmo, Capinan e Jards Macalé. E dá-lhe lisergia em faixas como "Tuareg", "Meu nome é Gal", "Cultura e Civilização", etc... Mais mundrunguismo de raiz
Gal Costa - Gal Costa (1969)
1 - Cinema Olympia 2 - Tuareg 3 - Cultura e civilização 4 - País tropical 5 - Meu nome é Gal 6 - Com medo, com Pedro 7 - The empty boat 8 - Objeto sim, objeto não 9 - Pulsars e quasars
Belíssimo disco do sambista mais elegante do Brasil, mistura na dose certa a melancolia e a alegria do samba. O vinil foi ouvido com atenção na casa de Zarpa e Thomaz no fim-de-semana, e achei que merecia o post com louvor. Nunca é demais ouvir músicas lindas como "Guardei minha viola", "Meu tempo é hoje", "dança da solidão", "Pagode do vavá" e "Falso moralista".
Paulinho da Viola - A Dança da Solidão (1972)
1. Guardei Minha Viola 2. Meu Mundo é Hoje (Eu Sou Assim) 3. Papelão 4. Duas Horas da Manhã 5. Ironia 6. No Pagode do Vavá 7. Dança da Solidão 8. Acontece 9. Coração Imprudente 10. Orgulho 11. Falso Moralista 12. Passado de Glória
Este registro de 1974 é o último disco lançado oficialmente pelos Mutantes, antes do retorno em 2004. Na verdade, da formação original só o guitarrista Sérgio Dias participa deste disco, sendo na verdade 'dono' da obra. Respaldado pelos excelentes Túlio Mourão (Piano, órgão Hammond e teclado Moog), Antonio Pedro de Medeiros (baixo) e Rui Motta (bateria e percursão), Serginho mergulha no rock progressivo/psicodélico/hard. Muitos desconsideram esse disco como não sendo o genuíno Mutantes revolucionário e tropicalista, mas trata-se de uma bela obra de rock and roll pesado, blueseado e altamente frito. Altíssimas doses de mundrungagem!
Os Mutantes - Tudo Foi Feito Pelo Sol (1974)
1. Deixe Entrar um Pouco D’Água no Quintal 2. Pitágoras 3. Desanuviar 4. Eu Só Penso em te Ajudar 5. Cidadão da Terra 6. O Contrário de Nada É Nada 7. Tudo Foi Feito Pelo Sol
Esse pianista acreano (sim, eles existem!) esteve na primeira onda da Bossa Nova, ao lado de João Gilberto e Tom Jobim. Com o sucesso mundial da bossa, mudou-se para os Estados Unidos. Em 1970, influenciado por Jimi Hendrix, James Brown e pela psicodelia reinante na Califórnia, fez ao lado de músicos da pesada como o flautista Bud Shank, o saxofonista Ernie Watts e o baterista Dom Um Romão esse discaço, que já animou muitas noitadas vamoaêzisticas, muitas vezes por cortesia do Brunoise, grande apreciador da obra. Jazz-funk-bossa psicodélico pra ninguém botar defeito! Detalhe curioso que adiciona psicodelia à obra: todos os instrumentos foram gravados em dobro!
Esse é o último álbum lançado pelos Beatles mas não foi o último a ser gravado. A banda já não estava muito unida quando gravou esse album que foi registrado como se fosse ao vivo pra tentar resgatar um pouco do velho espírito da banda,mas o fab four não ficou satisfeito com o resultado do trabalho e engavetou as fitas master sem intenção de lançá-las. Depois disso ainda lançaram abbey road e em seguida a banda acabou. Pouco depois da dissolução dos beatles as demos foram recuperadas para o lançamento do album, que curiosamente não foi produzido por Sir George Martin. O material foi entregue a Phil Spector, que produzira o album solo de lennon. Contra o gosto de Paul, em 1970 foi lançado aquele que eu considero um dos grandes albuns dos beatles.
ps: em 2003 Paul recuperou as masters e trabalhou nas faixas junto com George Martin para lançar Let it Be Naked.
ps2: esse disco me "ensinou" a gostar de beatles. Durantes a balada infinita no taj mahal o album deslizava preguiçosamente na vitrola que deixava músicas como "across the universe" mais charmosas (e lentas)
1. Get Back 2. Dig a Pony 3. For You Blue 4. The Long and Winding Road 5. Two of Us 6. I've Got a Feeling 7. One After 909 8. Don't Let Me Down 9. I Me Mine 10. Across the Universe 11. Let It Be