sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Davy Graham - Folk, Blues & Beyond... (1964)


Salve, salve rapaziada!  Curti muito esse som e queria compartilhar com vcs.  Fica de presente de aniversário pro Paulada! Não conhecia o artista, peguei meio aleatóriamente no excelente blog http://theredhippieteenager.blogspot.com.br ,  que só agora percebi que tem um .br no final, vejam voces.  O blog é sensacional, o cara do blog parece ser portugues e escreve super bem em ingles.  Suas apresentações dos discos geralmente trazem a carreira inteira de grupos pouco conhecidos e mostram um profundo conhecimento da cena folk da inglaterra, escócia e estados unidos.  Voces sabem o que foi o movimento do "folk revival"? Pois é, vale dar uma passeada por lá.  Já há algum tempo venho baixando discos desse blog. Por hora, fica a apresentação que ele fez no blog, na base do copia e cola.  Enjoy.

"Folk, Blues & Beyond is the Second Album by the English Folk Singer/Guitarist Davy Graham.
As the Album Title states, this Album is a mesh of Folk, Blues and Jazz Sounds, meshed by the genius playing of Davy Graham, establishing the sounds of the new Musical Generation, the Folk Revival, who would be 'officially' brought into existence next year, 1965 (with the releases of Bert Jansch's and John Renbourn's Debut Albums). Graham would pick-up the Best Folk Material Available and re-interpret it all, with his unique Middle-Eastern approach to his instrument (the famous DADGAD guitar tuning). Leadbelly, Bob Dylan, Willie Dixon and Reverend Gary Davis all were covered. This Second Album by Graham is now seen as Folk's Seminal recording, which has even influenced the likes of Jimmy Page. He never managed to achieve mainstream fame, outside the Folk circle, not only because of his lack of will to show himself but also a strange unpredictable and instinctive decisions made him an unreliable figure, never trusted by his Publishers.
Best Tracks - "Leavin' Blues", "Cocaine", "Sally Free And Easy", "Black Is The Colour Of My True Love's Hair", "Seven Gypsies", "Moanin'", "Maajun", "My Babe" and "Better Git It In Your Soul". An amazing Album, with pioneer guitar playing, and even though it is not that much appreciated, i like his Vocals. It is a landmark not only in Folk Music but in the History of Music itself. It showed a whole generation a new array of sounds they could pick up and transform into Rock Sounds." 


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Black Alien - Babylon By Gus Vol. 1: O Ano do Macaco (2004)

Sim, sim, eu sei, este Ouveaê está devagar quase parando. Me dei conta disso mas não conseguia pensar em nada legal pra botar aqui, até que um dia o Crispinho botou aqui em casa este que que é um dos grandes discos do rap brasileiro, produto da mente do niteroiense Gustavo de Almeida Ribeiro, o Black Alien.

Recentemente o Planet Hemp anunciou shows para relembrar seu clássico álbum de estreia, Usuário, que já jogamos aqui. Black Alien, que hoje virou uma lenda reclusa que pouco produz e menos ainda se apresenta ao vivo, gerando boatos sobre seu estado de saúde, não foi convidado e Marcelo D2 menosprezou sua importância para o Planet Hemp. Mas fato é que Black Alien é um dos raros exemplares do rap brasileiro que eleva as rimas a um patamar artístico que não seria heresia comparar a Chico Buarque, Gilberto Gil e outros grandes poetas da música brasileira. E este totalmente autoral Babylon By Gus Vol. 1 demonstra isso muito bem.

Gustavo é um observado ímpar da realidade à sua volta e tem uma habilidade também ímpar em narrá-las, construindo narrativas cinematográficas misturando referências diversas e as processando com um olhar único de uma forma que o Som Barato em ótima análise compara a Quentin Tarantino. A influência da Jamaica, do título bobmarleyesco aos vocais ragga e efeitos dub, é a primeira coisa que salta aos ouvidos, mas aos poucos você vai percebendo riqueza de grooves, psicodelia e harmonias jazzísticas fazendo base para as rimas certeiras de Black Alien. A duras penas ele lançou o Volume 2 de Babylon By Gus, A Lenda do Santo Beberrão, ano passado, mas anda tão sumido que eu nem tava sabendo até agora. Bom, vou ouvir mas enquanto isso fiquei com o impecável Volume 1 da cabeça de Black Alien que a sonzeira é garantida!

Black Alien - Babylon By Gus Vol. 1: O Ano do Macaco (2004)

01. Mister Niterói
02. Caminhos do destino
03. Babylon by Gus
04. U informe
05. Como eu te quero
06. Umaextrapunkprumentrafunk
07. Estilo do gueto
08. Primeiro de dezembro
09. Na segunda vinda
10. Perícia na delícia
11. América 21
12. From hell do céu

Ouveaê!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Jerry Lee Lewis - Live At The Star Club, Hamburg (1964)

Sim, eu sei, este Ouveae anda meio devagar, mas sabem como é... enfim, pra dar uma animada no coreto vamos rapidão mandar um disco que é uma verdadeira aula do mais puro rock and roll. Uma apresentação ao vivo de Jerry Lee Lewis, "O Selvagem", quebrando tudo em 1964 no lendário Star Club, em Hamburgo. Treze clássicos absolutos executados por um Jerry Lee no auge da selvageria. Quebradeira é pouco. Descobri essa joia no blog do André Barcinski e o link pra download e do O Cheiro do Ralo.

Jerry Lee Lewis - Live At The Star Club, Hamburg (1964)
01 – Mean Woman Blues
02 – High School Confidential
03 – Money (That’s What I Want)
04 – Matchbox
05 – What’d I Say, Part #1
06 – What’d I Say, Part #2
07 – Great Balls Of Fire
08 – Good Golly Miss Molly
09 – Lewis Boogie
10 – You Cheatin’ Heart
11 – Hound Dog
12 – Long Tall Sally
13 – Whole Lotta Shakin’ Goin’ On

terça-feira, 29 de maio de 2012

Underworld Live: Everything, Everything (2000)


Corria o ano de 2003, quando um certo cidadão japonês aportou na Universidade de São Paulo para fazer um ano de intercâmbio. Kentaro Kiyota era seu nome. Sem saber falar uma palavra em português mas com muita vontade de se enturmar com a brasileirada, ele teve a brilhante ideia de colar pra jogar basquete com o pessoal da Escola de Comunicações e Artes e foi imediatamente adotado pela turminha. Cativou a todos com seu jeito hilário e simpático, e tornou-se um grande amigo e uma figurinha carimbada dos rolês. Eventualmente ele voltou ao Japão, mas tem feito visitas esporádicas e alimenta o sonho de morar e trabalhar no Brasil, país pelo qual ele previsivelmente se apaixonou.

Kentaro-san conheceu muita música brasileira mundrunga em sua passagem pelo Brasil, muito graças à trilha sonora da saudosa república Maracangalha, onde ele morou em parte de sua estadia. Mas ele também nos apresentou muitos sons, principalmente eletrônicos, de várias vertentes. A música eletrônica nunca foi muito do gosto da nossa galera, mas eu particularmente sempre curti esse som breakbeat de meados dos anos 90, que além do Underworld inclui Chemical Brothers, Prodigy, Groove Armada, Basement Jaxx, etc, mas como quase todo mundo, do Underworld só conhecia a crássica Born Slippy, trilha do filme Trainspotting.

Isso até o Kentaro-san botar na roda esse disco que capta os maiores hits dos ingleses Karl Hyde e Rick Smith executados ao vivo, transmitindo a VIBE que se aproxima mais de um show de rock do que de um DJ set eletrônico convencional. Everything Everything entrou na discoteca sentimental da galera em uma viagem lendária para a bucólica Juquehigh, onde tocou em repeat infinito e derreteu a mente dos ouvintes fritos presentes, e tava faltando aqui nessa budega. Portanto, em homenagem ao japa-fritz Kentaro-san, aí vai a pedrada!

Underworld Live: Everything, Everything (2000)

01 - Juanita/Kiteless
02 - Cups
03 - Push Upstairs
04 - Pearls Girl
05 - Jumbo
06 - Shudder/King of Snake
07 -  Born Slippy (Nuxx)
08 - Rez/Cowgirl

Ouveaê!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Joyce & A Tribo


A correria tá grande e este Ouveaê tá meio parado, mas pra não deixar criar teia de aranha segue uma sonzera muy peculiar apresentada pelo frito mor da nova geração Diogro. Diretamente da fina psicodelia de 1970, a cantora carioca Joyce nesta época era acompanhada por um grupo de fazer inveja: seu então marido Nelson Angelo, Novelli, Toninho Horta e Naná Vasconcellos. Eles gravaram alguns singles e músicas que entraram em coletâneas e trilhas sonoras de novelas, e participaram do V Festival Internacional da Canção, mas nunca gravaram um LP. As músicas, com uma sonoridade única mesmo na rica cena psicodélica brasileira, trazem uma pegada folk, pitadas jazz e regionalismos vários (samba, xaxado, baião...), foram reunidas pelo pessoal da Woodstock Sound num arquivo que tomo a liberdade de compartilhar aqui. Sonzera!

Joyce & A Tribo - Coletânea by Woodstock Sound

01. Andréa  (Trilha Sonora da Novela – Véu de Noiva-1969)
02. Copacabana Velha de Guerra (LP Encontro Marcado 1969, inédito em CD no Brasil)
03. Please Garçon (Trilha do Filme – Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa – 1970)
04. Bachianas Brasileiras No. 5 (Trilha Sonora -Novela Irmãos Coragem 1970)
05. Sei Lá (com A Tribo)  (Trilha da Novela – Assim na Terra como no Céu 1970)
06. Onocêonekotô (com A Tribo)  (Lp V Festival Internacional da Cancão 1970)
07. Kyrie (com A Tribo) (Coletânea Posições -1971)
08. Tapinha (com A Tribo) (Compacto simples 1970 com Peba & Pobó – 1970)
09. Peba & Pobó (com A Tribo) (Compacto  1970 e Coletânea Posições 1971)
10. Caqui (com A Tribo) (Compacto duplo Joyce 1971)
11. Adeus Maria Fulô (com A Tribo) (Compacto Duplo Joyce – Odeon 1971)
12. Nada Será Como Antes (com A Tribo) (Compacto duplo Joyce 1971)
13. The Man from Avenue (com A Tribo) (Compacto duplo Joyce 1971)
14. Pessoas (com Nelson Ângelo – ao vivo) (5 Festival de Musica Popular Brasileira de Juiz de Fora)

quinta-feira, 22 de março de 2012

Hoje é dia de Jorge, salve Jorge!

Hoje o senhor JORGE DUÍLIO LIMA MENESES completa 70 anos. Seu legado e influência para a música brasileira mereceria um livro, mas como aqui estamos na correria bora só jogar dois disquinhos supimpas do frito mor. Já colocamos aqui o lendário Tábua de Esmeralda, que continua sensacional, mas no momento o disco que eu mais gosto de ouvir dele é o Força Bruta.

Lançado em 1970, é delícia do começo ao fim. Acompanhado do Trio Mocotó, Jorge e seu violão executam algumas de suas mais belas canções, como "Oba, Lá Vem Ela", "Domenica Domingava...", "Charles Jr." e a indefectível "O Telefone Tocou Novamente". Segue a pepita em 320 kbps!

 Jorge Ben - Força Bruta (1970) 

01 - Oba, Lá Vem Ela
02 - Zé Canjica
03 - Domenica Domingava Num Domingo Linda
04 - Charles Jr.
05 - Pulo Pulo
06 - Apareceu Aparecida
07 - O Telefone Tocou Novamente
08 - Mulher Brasileira
09 - Terezinha
10 - Força Bruto

Ouveaê!

Mas talvez a maior obra prima de Jorge Ben foi quando em 1975 ele se juntou com outro cara fraquinho, Gilberto Gil, para  fazer um sonzito. O disco é cercado de lendas. A mais comum é que apenas deixaram os dois no estúdio, com seus violões e uma leve percussão, com uma garrafa de Jurubeba e otras cositas mais na mente, para uma Jam Session chapada, e saiu essa obra prima. Tem até histórias que o ERIC CLAPTON ia participar da gravação mas deu pra trás. De qualquer forma, o resultado foi uma das coisas mais belas já registradas em disco. Som transcedental, elevado, ritual, e ao mesmo tempo intimista, descompromissado. O negócio é ouvir e se deixar levar. E salve Jorge!


Jorge Ben e Gilberto Gil - Gil & Jorge - Ogum Xangô (1975)

01 - Meu Glorioso São Cristóvão (Ben)
02 - Nega (Gil)
03 - Jurubeba (Gil)
04 - Quem Mandou (Pé na Estrada) (Ben)
05 - Taj Mahal (Ben)
06 - Morre o Burro, Fica o Homem (Ben)
07 - Essa é pra Tocar no Rádio (Gil)
08 - Filhos de Ghandi (Gil)
09 - Sarro (Gil)

Ouveaê!



 

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Captain Black Big Band - Captain Black Big Band (2011)

O pianista norte-americano Orrin Evans tem o mesmo respeitado sobrenome de dois outros pianistas de jazz que fizeram história: Gil e Bill Evans, colaboradores de alguns dos melhores trabalhos de Miles Davis, mas ao que se sabe não é parente de nenhum deles. Ainda assim, é um dos principais nomes da nova geração do jazz na sua terra natal (embora nem seja tão jovem assim e já esteja na labuta desde meados dos anos 90).

Ele sempre trabalhou com grupos pequenos, de trios a quintetos, mas resolveu arriscar um formato consagrado mas não muito comum hoje em dia, a big band, para seu projeto mais recente. Acionou seus contatos e recrutou 39 músicos dos bons, que se revezaram nos shows e nas sessões de gravação, co Orrin funcionando como um maestro. O resultado foi esses excelente álbum que mistura a pegada "balada" associado às big bands com muita criatividade e improviso, passeando por diversos subgêneros do jazz, do hard bop à fusion, dos ritmos latinos aos asiáticos.

O ótimo Na Mira do Groove faz uma análise mais elaborada das sete faixas, e deixo vocês com uma versão ao vivo de Jena 6, que encerra o disco em grande estilo.


e lá vai o disco inteirinho pra vossa satisfação!

Captain Black Big Band - Captain Black Big Band (2011)

01 - Art of War
02 - Here's the Captain
03 - Inheritance
04 - Big Jimmy
05 - Captain Black
06 - Easy Now
07 - Jena 6

Ouveaê!

domingo, 29 de janeiro de 2012

Martin Denny - Exotic Moog (1969)



É amigos, esse ano foi realmente de fuder.  Não sei porque razão, talvez foi um alinhamento dos astros, ou talvez foi a rebarba dos tempos onde as farmácias ainda ofereciam drogas de qualidade para o cidadão.  Sei que nada foi o mesmo depois desse ano. 
Martin Denny , talentoso pianista e compositor norte americano tocava musica havaiana com seu grupo quando um teclado moog caiu em suas mãos.  A partir daí foi puro deleite, e o cara acabou sendo responsável pela criação do que depois seria chamado genero Exotica, o que simplificando seria uma mistura de psicodelia com musica da polinesia e demais ilhas do pacifico.
Apelidei esse disco de "Music for meditative dish washing" porque era exatamente o que eu estava fazendo na primeira vez que escutei.
Detalhe que tem até uma versão de Canto de Ossanha! Realmente, esse ano foi foda.

Ouveae!









sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Moacir Santos - Coisas (1965)





Na semana em que enquadraram o Megaupload e a revolta popular acabou com o SOPA convém lembrar por que fazemos isso, porque compartilhamos arquivos de produtos artísticos e culturais, de graça, aqui nessa interwebs. Porque nós gostamos pra caralho disso, porque a arte é a mais elevada das atividades humanas e deve ser levada ao maior número de pessoas possível, porque o sistema de distribuição da antiga indústria cultural era falho e injusto.

Um exemplo, essa obra-prima da música brasileira do maestro Moacir Santos ficou décadas fora de catálogo e quase impossível de ser desfrutada graças à incompetência da Universal Music Group.  O blog Instrumental BR conta essa história, em texto de Ruy Castro, mas como estou na correria vou só jogar o link (no glorioso Mediafire) desta pepita que é o ápice do que se convencionou chamar de samba-jazz, que foi menos ouvido do que deveria na época, o que ajudou a acabar com a era de ouro da música instrumental no Brasil e que, graças à internet e blogs como este humilde aqui, chegou a um grande número de pessoas, que puderam se deliciar com as coisas do seu Moacir. Ouveaê e não pare de ouvir música boa, caçando obras primas e compartilhando seus achados com os amigos! O livre fluxo de informações via bits e bytes nesta rede nunca vai parar!

Moacir Santos - Coisas (1965)

01 - Coisa No. 4
02 - Coisa No.10
03 - Coisa No. 5
04 - Coisa No. 3
05 - Coisa No. 2
06 - Coisa No. 9
07 - Coisa No. 6
08 - Coisa No.7
09 - Coisa No.1
10 - Coisa No.8

Ouveaê!



terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Azymuth - Outubro (1980)

Mais um som apresentado pelo comparsa Brunoise, esse disco é a consagração do trio instrumental carioca formado no começo da década de 70 por José Roberto Betrami (teclado e percussão) Alex Malheiros (baixo e guitarra) e Ivan Conte (bateria e sintetizadores). Insistindo num bossa jazz samba fusion puramente instrumental na época em que a MPB era sinônimo de cantores, eles permaneceram às margens da popularidade na terra natal, embora tenham emplacados temas em novelas, como Linha do Horizonte, de 1975.  Em 1978, graças a Airto Moreira, que os chamou para fazer algumas composições e acompanhar uma turnê de Flora Purim, fecharam contrato com a gravadora gringa Black Sun. Após o também ótimo Light as Feather, lançado em 1979, veio este Outubro, que mostra de maneira impecável o "samba de gringo doido" que mistura percussão afro from hell, guitarra roqueira, baixo fusion e sintetizadores a la Herbie Hancock fase Headhunters. Enfim, sonzera!

O disco foi relançado com seis faixas bônus ao vivo sensacionais, enjoy!

Azymuth - Outubro (1980)

01 - Papasong
02 - 500 Miles High
03 - Pantanal (Swamp)
04 - Dear Limmertz
05 - Carta pro Airto (Letter to Airto)
06 - Outubro (October)
07 - Maracanã
08 - Um Amigo (A Friend)
09 - Dear Limmertz Prelude

Bonus Tracks 
10 - Light as a Feather
11 - Partido Alto
12 - Existe Isso (That Exists)
13 - Jazz Carnival
14 - Dona Olimpia
15 - Voo Sobre o Horizonte (Fly Over the Horizon)


Ouveaê!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Chimbinha e Banda - Guitarras que Cantam (1998)


O sucesso internacional avassalador de Ai se eu te pego do MICHEL TELÓ, saudado como embaixador da cultura brasileira na capa da revista Época, levou à loucura os guardiões do tal bom gosto musical. Afinal, como comparar o hit grudento da dancinha ridícula que já está sendo comparado à Macarena ao PANTEÃO da música brasileira dos deuses supremos como Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Velozzzzzzzzzzz...

Pois bem, eu mesmo acho a música do Teló horrível, mas o mérito de ficar na sua cabeça e não sair de jeito nenhum é indiscutível. O legal da música é a diversidade, e eu tento ouvir de tudo, despido de preconceitos (nem sempre consigo). Pra mim o que importa é que quem ouve Teló e os megahits da moda consigam ir além e ouvir outras coisas, e isso serve para os paladinos do bom gosto, eles podem descobrir sons legais onde menos se espera se deixarem o preconceito de lado.

Vejamos o gênio CHIMBINHA, por exemplo. Guitarrista da banda Calypso, só a menção ao seu nome pode provocar espamos de ódio nos roqueiros xiitas. Mas o cabra toca muito! Herdeiro legítimo da tradição da GUITARRADA paraense, teve também influência do estilo virtuoso de guitarristas como Mark Knopfler, do Dire Straits, e sim, Eric Clapton, como podemos ver aqui:



Antes de conhecer Joelma, esposa e companheira de Calypso, o Chimbinha já esmirilhava sua guitarra por Belém, e gravou um disco solo sob o nome "Chimbinha e Banda", Guitarras que Cantam, em 1998. E é bem isso mesmo, Chimba usa seu instrumento como elemento melódico emulando a voz, mostrando toda sua habilidade nas seis cordas. A pegada é o som com fortes influências caribenhas e latinas que daria no Calypso. Cumbia, Merengue, Lambada, o tal Calipso e os locais Carimbó e Brega. As faixas instrumentais são diversão pura, e mesmo nas com vocal a voz do cara nao compromete.

O disco hoje em dia é raro, e pode ser encontrado por até 100 reais! Hoje, Chimbinha está podre de rico mas ainda produz insanamente, menos do que na época pré-fama nacional, claro, quando gravava três discos por dia e ainda se apresentava ao vivo todas as noites nos inferninhos de Belém. Para conhecer melhor o figura, recomendo esse texto do Vladmir Cunha.

Dispa-se do preconceito e sente a sonzeira do Guitarras que Cantam! Pra mim o som não faz feio perto das guitarras de surf music de bambas como Dick Dale, mas com uma pegada TROPICALIENTE bagaceira divertida e irresistível.

Chimbinha e Banda - Guitarras que Cantam (1998)

01 - DANÇANDO CALYPSO
02 - NA LEVADA DO BREGA
03 - SOM DA AMAZONIA
04 - EU TE AMEI
05 - SONHO DE AMOR
06 - GUITARRAS QUE CANTAM
07 - BAILA A CUMBIA
08 - NA ONDA DO BAILE
09 - TEMPERO DO PARÁ
10 - SWING DO AMOR
11 - DANÇANDO MERENGUE
12 - RITMO LOUCO

Ouveaê!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

School of Funk-Jazz - Kashmere Stage Band

Na escola onde estudei não tinha aula de música (na verdade tinha uns manés que tocavam flauta doce, melhor dizer que não tinha aula de música que a galera tivesse vontade de fazer). Ao entrar em contato com músicos lá da Escola de Pirações e Artes e mergulhar nesse mundo (embora confesso envergonhado que não sei tocar nenhum instrumento propriamente dito), vi o quanto isso me fez falta. Não digo que todo moleque vai ter talento e força de vontade para ir nesse caminho sem volta de ritmos, melodias e harmonias, mas o aspecto didático da música e sua força para extrair a parte positiva da energia que emana de crianças e adolescentes é inegável. Aqui no Braza projeto de aulas de músicas nas escolas ainda engatinha, mas lá na gringolândia o negócio é mais tradicional. A maioria fica naquele esquema coral e fanfarra pra animar os jogos de futebol americano, mas a riquíssima tradição da música negra americana faz surgir coisas maravilhosas como essa Kashmere Stage Band.

Hoje os corais tipo GLEE são febre, mas lá nos anos 60 as tradicionais stage bands, big bands estudantis das High School americanas também tinham seus concursos regionais e nacionais. A Kashmere High School, localizada num subúrbio negro de Houston, Texas, tinha muito material humanos de garotos e garotas de cabelos black power e que estavam pirando no insano funk psicodélico da época, de carinhas como Sly Stone e George Clinton e seu funkadelic, além das pirações fusion de Miles Davis e Herbie Hancock. E tinham o professor certo: Conrad O. Johnson, apelidado apenas de "Prof". Músico tarimbado que já tocara com Count Basie, Prof. nunca deixou de ouvir a evolução da música negra, e naquele momento a funkeira nervosa era o que os moleques ouvirm, então deixou que eles a tocassem. Mas com uma condição: eles tinham que se tornar a melhor Stage Band do país, indiscutivelmente.

Parece enredo daqueles filmes de superação do grupo de garotos largados que com um professor inspirador (que pode ser interpretado por Samuel L. Jackson, Denzel Washington ou Morgan Freeman dependendo da idade), mas é real, e virou um documentário que parece ser bem legal, saca só o trailer.


Os shows da Kashmere Stage Band eram lendários, e eles gravaram altos sons, que so foram lançados recentemente, reunidos no álbum duplo Texas Thunder Soul (1968-1974), mesmo nome do documentário. No filme, aliás, os membros da big band se reúnem, e eles resolveram continuar tocando, depois de tantos anos!


enquanto algum ser iluminado não traz os agora tiozões do jazz-funk ao Brasil, ouve ae o Texas Thunder Soul. Inclui temas próprios e versões cabulosas de clássicos como Take Five e o tema de Shaft. Link respeitosamente puxado do grande SaravaClub*


Kashmere Stage Band - Texas Thunder Soul (1968-1974)

 Disco 1

01 - Boss City
02 - Burning Spear
03 - Take Five
04 - Super Bad
05 - Keep Doing It
06 - Thunder Soul
07 - Do You Dig It, Man?
08 - Headwiggle
09 - Al's Thing
10 - Do Your Thing
11 - Scorpio
12 - All Praises
13 - Shaft
14 - Kashmere
15 - $$ Kash Register $$
16 - Zero Point Pt. 1 & Pt. 2 (45 Version)
17 - Getting It Out Of My System

Ouveaê!

Disco 2

01 - Intro
02 - Zero Point
03 - All Praises/Zero Point (Reprise)
04 - Intro
05 - Do You Dig It, Man?
06 - Don't Mean a Thing
07 - Thank You
08 - Ain't No Sunshine
09 - Do You Dig It, Man?
10 - All Praises (Live)
11 - Thank You (45 Version)
12 - Zero Point (LP Version)
13 - Do Your Thing (Instrumental)
14 - Getting It Out of My System

Ouveaê!





quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sabotage - Rap é Compromisso (2001)

Se o Quinto Andar é um dos elos perdidos do rap nacional, Mauro Mateus dos Santos sem dúvida é outro. Junto com nomes como RZO e SNJ Sabota personifica esse rap de transição, pós Sobrevivendo no Inferno, na virada dos 90s pro nosso século. Sua história e sua estúpida morte são simbólicas. Sem muito papo, ouve o som ae pq o rap é compromisso! Mando com um salve ao Bigode!

Sabotage - Rap é Compromisso (2001)


01 - Intro
02 - Rap é compromisso
03 - Um Bom Lugar
04 - No Brooklin
05 - Cocaína
06 - Zona Sul
07 - A Cultura
08 - Incentivando o Som
09 - Respeito é pra Quem Tem
10 - País da Fome
11 - Cantando pro Santo

Ouveaê!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Native Brazilian Music - Registro Histórico da Música Brasileira!


Em 1940 o Brasil viva sob o Estado Novo de Getúlio Vargas e era um país essencialmente rural de 40 milhões de pessoas. Adolf Hitler estava conquistando a Europa e a ditadura de Vargas estava perigosamente próxima do Eixo nazi-facista. A capital política e cultural brasileira era o Rio de Janeiro, onde se desenvolvia a música que viria a ser a música popular brasileira, sob a égide do samba. Heitor Villa-Lobos, que já tinha reconhecimento internacional por suas composições eruditas com influência da música brasileira de raiz, conhecia muito bem os músicos de samba, choro, embolada, rancho, batucada, macumba, que ainda eram vistos como marginais pela sociedade.

Neste período, os EUA ainda não haviam entrado na guerra, mas sabiam que mais cedo ou mais tarde isso era inevitável. E iniciaram a chamada "política da boa vizinhança para trazer para o seu lado as nações do continente americano. (Além do Brasil, a Argentina também estava perigosamente próxima de Hitler.) Fizeram isso com missões de suas principais figuras culturais para o cone sul. As mais ocnhecidas foram a passagem de Walt Disney e Orson Welles, que geraram respectivamente o personagem Zé Carioca e o malfadado documentário It's All True. Menos conhecida mas talvez mais histórica foi a passagem do maestro Leopold Stokowski, o mesmo que regeu a trilha de Fantasia. Isso porque, sob encomenda da gravadora Columbia, Stokowski montou um estúdio de gravação no S.S. Uruguay, o navio que o trouxe, e pediu para Villa-Lobos reunir a nata da música brasileira para uma sessão de gravação a bordo do navio. Ele chamou Donga, Zé Espinguela e Cartola, que chamaram os amigos. Assim se juntaram Pixinguinha, João da Bahiana, Zé da Zilda, Jararaca e Ratinho e Luiz Americano, além de instrumentistas, a vocalista Janir Martins e cantores do Coral Orfeão Villa-Lobos. Numa noite de agosto de 1940, eles subiram a bordo do Uruguay e realizaram o que talvez sejam as gravações mais históricas da música de raiz brasileiras.

Essas gravações quase foram perdidas e a história de sua busca é quase tão curiosa quanto a própria história de seu registro em 1940. A jornalista americana de alma brasileira Daniela Thompson conta toda a história magistralmente. O que nos resta é apenas ouvir esses registros históricos, devidamente preservados para a posteridade no Registro Histórico da Biblioteca do Congresso dos EUA.


Native Brazilian Music - Vários Artistas - Direção: Leopold Stokowski (1942)

1 Macumba De Oxóssi – Zé Espinguela – (Donga & José Espinguela) (2:24)
2 Macumba De Iansã – Zé Espinguela – (Donga & José Espinguela) (2:25)
3 Ranchinho Desfeito – Mauro César & Pixinguinha – (Donga, De Castro E Souza & David Nasser) (2:25)
4 Caboclo Do Mato – João Da Baiana & Janir Martins – (Getúlio Marinho Da Silva “Amor”) (2:37)
5 Seu Mané Luiz – Zé Da Zilda & Janir Martins – (Donga & J. Cascata) (2:45)
6 Bambo Do Bambu – Jararaca E Ratinho & Laurindo Almeida – (Donga) (2:19)
7 Sapo No Saco – Jararaca E Ratinho – (Jararaca) (2:28)
8 Que Quere Que Quê – João Da Baiana – (João Da Bahiana, Donga & Pixinguinha) (2:42)
9 Zé Barbino – Pixinguinha & Jararaca – (Pixinguinha & Jararaca) (2:32)
10 Tocando Pra Você – Luiz Americano – (Luiz Americano) (2:21)
11 Passarinho Bateu Asas – Zé Da Zilda & Pixinguinha – (Donga) (2:25)
12 Pelo Telefone – Zé Da Zilda & Pixinguinha – (Donga) (2:26)
13 Quem Me Vê Sorrir – Cartola – (Cartola & Carlos Cachaça) (2:23)
14 Teiru – Quarteto Do Coral Orfeão Villa-Lobos – (Tradicional & Heitor Villa-Lobos) (2:08)
15 Nozani-Ná – Quarteto Do Coral Orfeão Villa-Lobos – (Tradicional & Heitor Villa-Lobos) (0:45)
16 Cantiga De Festa – Zé Espinguela – (Donga & José Espinguela) (2:27)
17 Canidé Ioune – Quarteto Do Coral Orfeão Villa-Lobos – (Tradicional & Heitor Villa-Lobos) (2:40)

Ouveaê!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Green Day roots

Pra quem não sabia, antes de estourar nas paradas com o notório Dookie, o Green Day já praticava seu punk-pop peculiar na Lookout Records, (ex-)casa de artistas como Operation Ivy, Screeching Weasel, The Queers, Avail, Cringer, Pansy Division dentre outras. Em 1990 saiu essa coletânea com o 1o álbum, 39/Smooth mais os EPs Slappy e 1,000 hours.

Faixas:

1 At the Library
2 Don't Leave Me
3 I Was There
4 Disappearing Boy
5 Green Day
6 Going to Pasalacqua
7 16
8 Road to Acceptance
9 Rest
10 The Judge's Daughter
11 Paper Lanterns
12 Why Do You Want Him?
13 409 in Your Coffeemaker
14 Knowledge
15 1,000 Hours
16 Dry Ice
17 Only of You
18 The One I Want
19 I Want to Be Alone


OUVEAÊ!


Em 1992 sai o 2o álbum, Kerplunk. Os caras mais velhos, mais parecido com o Green Day do Dookie...

Faixas:

1 2000 Light Years Away
2 One for the Razorbacks
3 Welcome to Paradise
4 Christie Road
5 Private Ale
6 Dominated Love Slave
7 One Of My Lies
8 80
9 Android
10 No One Knows
11 Who Wrote Holden Caulfield?
12 Words I Might Have Ate
13 Sweet Children
14 Best Thing in Town
15 Strangeland
16 My Generation

OUVEAÊ ESSA BODEGA

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Quinto Andar - Piratão (2005)

O novo rap brasileiro teve sua consagração final na semana passada com Criolo e Emicida passando a rapa nos prêmios do VMB. Entre a geração dos Racionais MC's e essa galera cria da Rinha de MC's há um elo perdido: o Quinto Andar. Coletivo de MC's de várias cidades, formado nos fins do século 20 e possibilitado pela então relativamente novidade INTERNET, amigos unidos pelo interesse no Rap que compartilhavam suas mixtapes caseiras, o Quinto Andar acabou em 2005, cada um indo prum lado, mas deixaram de legado esse discaço chamado Piratão. A formação mutante do Quinto Andar tinha, entre outros, Marechal, Shawlin, De Leve, Kamau, Castro, Lumbriga, Gato Congelado, King e Primo. Alguns foram pra frente, os paulistanos Marechal e Kamau se integraram à turma da Rinha, e o talentoso e bem-humorado De Leve seguiu bem sucedida carreira solo.

E taí o que torna o Quinto Andar um elo perdido e caso único no rap nacional. O BOM HUMOR. Desculpaí galera deslumbrada pelo Criolo e Emicida, eles mandam bem e tal, os discos são muito bem produzidos e uma bem-vinda mudança nos rumos do rap e tal, mas falta bom humor e sobra "se levar a sério demais" nas rimas dos caras. Já nesse Piratão não falta crítica social, seriedade, mas rola uma zoeira que dá toda a graça, em faixas como a impagável faixa-título Melô do Piratãocom o toque BATIDÃO e participação do LOBÃO, que lançou o disco pela sua revista OutraCoisa, e também em Melô do Vacilão, Rap do Calote e a hilárioa Cara de Cavalo Encontra de Leve. A seriedade aparece em Vive pra Servir, Serve pra Viver, Esse Planeta e a mescla de boas bases, rimas espertas, samples comédia, crítica e bom humor dá o tom das 18 faixas desse grande elo perdido do rap brasileiro.
Se liga ae no clipe de "Melô do Piratão".


e vai o disco completo

Quinto Andar - Piratão (2005)

01 - Oqueéoquintoandar
02 - Rap do calote
03 - Funk da Secretária
04 - Melô da Propaganda
05 - Pra falar de amor
06 - Cara de Cavalo encontra De Leve
07 - Montagem da Bandeira
08 - Esse Planeta (Velhos Bons Tempos)
09 - Vive pra servir, serve pra viver...
10 - Melô do Piratão
11 - Ritmo do nosso País
12 - Madruga
13 - A 1 Passo do Paraíso
14 - Muita Falta de Anti-profissionalismo Dub
15 - $$$
16 - Melô dos Vacilão
17 - Contratempo
18 - Meu Amor Não me Abandone

Ouveaê!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Hasoumi Hosono - Hosono House (1973)

Hasoumi Hosono é um japa mucho loco. Nascido em 1947 em Tóquio, é dono de uma daquelas carreiras ecléticas que viu de tudo um pouco, da bossa nova ao eletrônico, do psychedelic rock ao jazz... e Hasoumi-San tá até hoje pintando e bordando por aquelas bandas, com um álbum novo lançado em 2011. Hosono também foi um dos pioneiros da música eletrônica no Japão, mas isso foi bem depois desse álbum, já como membro da banda Yellow Magic Orchestra. Escolhi esse álbum aqui porque tem algo que não transparece tanto nos demais trabalhos mais eletrônicos que ele fez, que é um motherf*cking GROOVE. Meio jazz, meio blues, até tem uma faixinha bossa-novística e outra meio folk. É até curioso que tanto ritmo junto esteja em um só álbum. Mas acho que é isso que de certa forma até resume a carreira dele (olha eu pagando de conhecido), que como eu já disse antes passeou por vários gêneros ao longo de sua vida. Fica aqui também uma homenagem a toda a japonesada que desembarcou por aqui, desde o Kasatu Maru até os grandes companheiros Kentaro-san e Ami-san, que caíram sem querer na Escola de Pirações e Artes da USP em meados da década dos 2000s e viraram mais brasileiros que muito brasileiro por aí. Ouveae!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Jazz Jamaica All-Stars - Blue Note Blue Beat - The Jamaican Beat


Sim crianças, é isso mesmo: clássicos do jazz com roupagem jamaicana, cortesia do baixista Gary Cosby e seus comparsas do Jazz Jamaica All-Stars, que já haviam feito a sensacional "Skaravan", versão de Caravan do Duke Ellington. Se liga:


Em dois volumes, temas geniais de John Coltrane, Miles Davis, Herbie Hancock, Dave Brubeck, Art Blakey e outros bambas recebem pitadas de ska e reggae, sem perder sua genialidade. Alegria pura! (Links surrupiados do ótimo blog de reggae e afins Oficina de Macacos)

Jazz Jamaica All-Stars - Blue Note Blue Beat - The Jamaican Beat - Vol. 1

01 - Three Blind Mice
02 - Cantaloope Island
03 - You`d Be So Nice To Come Home To
04 - Recado Bossa Nova
05 - Witch Hunt
06 - Little Melonae
07 - Watermelon Man
08 - Moanin'
09 - Take Five
10 - A Night in Tunisia
11 - The Sidewinder
12 - Song For My Father
13 - Christo Redentor


Ouveaê!
(senha: oficinademacacos.blogspot.com)

 Jazz Jamaica All-Stars - Blue Note Blue Beat - The Jamaican Beat - Vol. 2

01 - Bemsha Swing
02 - Mr. PC
03 - Misty
04 - So What
05 - 4 on 6
06 - Well You Didn't
07 - Five Spot After Dark
08 - It Don't Mean a Thing
09 - Birdland
10 - Take the 'A' Train
11 - Moonlight in Vermont
12 - Eastern Standard Time

Ouveaê!
(senha: oficinademacacos.blogspot.com)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Bebop + Bluegrass com Béla Fleck e seus Flecktones!

O novaiorquino Béla Fleck, batizado em homenagem ao compositor erudito húngaro Béla Bartok, era um moleque de 15 anos quando descobriu com a Ballad of Jed Clampett de Flatt & Scruggs e os Dueling Banjos de Eric Weissberg e Steve Mandell as possibilidades do BANJO, instrumento típico do bluegrass, um dos estilos musicais mais roots dos EUA. Depois de aprender o instrumento, descobriu como espandir ainda mais suas possibilidades após uma intensa sessão de bebop com gênios do porte de Charlie Parker, Miles Davis e John Coltrane. O resultado: Fléck é hoje considerado o principal tocador de banjo do mundo e seus trabalhos vão do bluegrass mais tradicional ao jazz progressivo mais viajante, passando por JOHANN SEBASTIAN BACH, como vocês podem ver nesse videozinho:



Em 1989 Fléck foi convidado pela rede de TV pública PBS para tocar em um especial e reuniu um Dream Team de músicos que também expandiram os limites de seus instrumentos: o multiinstrumentista Howard Levy, que tocava gaita, ocarina e piano, entre outros instrumentos, e os irmãos Wooten: o monstro baixista Victor Lemont Wooten e o baterista Roy "Future Man"Wooten que tocava a "drumitar", um curioso híbrido de guitarra e bateria eletrônica. Eram os Flecktones. Que ainda estão na ativa e, pô, podiam vir pruns shows no Sesc ou algo assim...

sem mais delongas, jogo na roda os dois primeiros discos dos Flecktones, que são pura alegria com sua divertida e impecável mistura de bebop, bluegrass e psicodelia cósmica. Enjoy!

Béla Fleck and the Flecktones - Béla Fleck and the Flecktones (1990)

01 - Sea Brazil
02 - Frontiers
03 - Hurricane Camille
04 - Half Moon Bay
05 - The Sinister Minister
06 - Sunset Road
07 - Flipper
08 - Space is a Lonely Place
09 - They're Here
10 - Reflections of Lucy
11 - Tell It to the Governor

Ouveaê!

Béla Fleck and the Flecktones - Flight of the Cosmic Hippo (1991)


01 - Blu-Bop
02 - Flying Saucer Dudes
03 - Turtle Rock
04 - Flight of the Cosmic Hippo
05 - The Star Spangled Banner
06 - Star of the County Down
07 - Jeckyll and Hyde (And Ted and Alice)
08 - Michelle
09 - Hole in the Wall
10 - Flight of the Cosmic Hippo (Reprise)

Ouveaê!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Beck - Odelay (1996)


O resgate dos sons que definiram a gloriosa década de 90 continua por aqui. E este segundo disco do grande BECK, lançado em 1996, é um dos mais emblemáticos da década. E não só porque eu comprei ele quando tinha meus 15 anos, importado, na London Calling, durante um passeio pelo centro numa tarde nublada, por algo em torno de R$ 23, e o ouvi obsessivamente naquela época, junto com outros marcos como o OK Computer e o Mellon Collie.

Beck, filho de um arranjador/maestro erudito e de uma habitué do mítico estúdio Factory, de Andy Warhol, cresceu envolto em arte e bons sons. Largou a escola e foi hardeirar pelas ruas de Los Angelas com sua viola, influenciado pelo chamado anti-folk da época. Estourou com o HINO DE UMA GERAÇÃO 'Loser', em 1994. No ano seguinte se trancou no estúdio com os produtores Dust Brothers (de Paul's Boutique' dos Beastie Boys) e emergiu com esta pequena obra prima.

Bem no cilma 'pós-tudo'de referências que já havia em Paul's Boutique e no contemporâneo Endtroducing, do DJ Shadow, Odelay mescla neo-folk, indie noise, hip hop e pitadas de bossa nova.  Apesar desta aparente esquizofrenia sonora, o resultado é coeso, com um estilo bem definido. Uma impressionante colagem de samples é unida com a cola dos vários instrumentos que Beck toca.

Abre com a sensacional e groovy 'Devil's Haircut', sampleando James Brown. 'The New Pollution', com uma levada surrupiada de 'Taxman', dos Beatles e o funky-hop 'Where's At' são os outros hits, mas o disco é todo bom. (E a capa é bem loca) E ouvindo agora em 2011 soa tão bem quanto em 1996, quando eu era bem mais jovem e impressionável.

Beck - Odelay (1996)

01 - Devil's Haircut
02 - Hotwax
03 - Lord Only Knows
04 - The New Pollution
05 - Derelict
06 - Novocane
07 - Jack-Ass
08 - Where It's At
09 - Minus
10 - Sissyneck
11 - Readymade
12 - High 5 (Rock the Catskills)
13 - Ramshackle

Ouveaê!