Sonic Youth - The Eternal (2009)

sonic youth, nesse eu confio. enquanto muitas bandas sofrem para lançar o segundo disco, a banda nova-iorquina chega ao seu décimo sexto álbum de estúdio (isso sem contar os discos mais experimentais lançados pelo selo SYR) com louvor.

o vigor pode não ser o mesmo dos tempos em que o nome juventude sônica fazia todo o sentido, mas a banda ainda está muito distante da burocracia que atinge nove entre dez dinossauros do rock.

o esporro rock'n'roll cheio de distorção que era a marca registrada da banda pode ter ficado um pouco de lado, e dificilmente voltaremos a ouvir composições tão brilhantes como "Teenage Riot", "Sugar Kane" ou "Schizophrenia", mas a regularidade alcançada pela banda nas suas últimas produções é impressionante, e se antes sempre havia uma faixa ou outra que acabava pulando, agora dá gosto de ouvir os discos de ponta-a-ponta, como acontece com "The Eternal".

Sonic Youth: The Eternal (2009)
01 "Sacred Trickster"
02 "Anti-Orgasm"
03 "Leaky Lifeboat (For Gregory Corso)"
04 "Antenna"
05 "What We Know"
06 "Calming The Snake"
07 "Poison Arrow"
08 "Malibu Gas Station"
09 "Thunderclap For Bobby Pyn"
10 "No Way"
11 "Walkin Blue"
12 "Massage The History"

ouveaê!

Africa Funk - Return To The Original Sound Of 1970s Funky Africa (2000)

Africa Funk é um excelente album para quem quer conhecer um pouco do ritmo chamado de afro beat: a mistura do funk americano com os ritmos e batidas africanas.
O som é simplesmente demais!
Essa coletânea é o segundo disco de uma série de três albuns e vale muito a pena conhecer os outros ainda que esse seja o melhor deles...

Africa Funk - Return To The Original Sound Of 1970s Funky Africa (2000)

Handsome Boy (E Wara) (Pts. 1 & 2) - The Rwenzori's
Ku Ka Maria - Buari
I Feel Funky - Matata
Time Will Tell - Ice
Anikana-O - Kongas
Nxambei - Vecchio
Nefertiti - Wisdom
Roforofo Fight - Fela Kuti
N.E.P.A. (Never Expect Power Always) - Tony Allen
Big Blow - Manu Dibango
Uprising (Pts. 1 & 2) - Antibalas with Jojo Quo
Poo Too - Liberation Dues - Oneness Of Juju

ouveaê!

Raul Seixas - Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta: Sessão das Dez (1971)

Ainda no começo da carreira, trabalhando como produtor musical e antes que a bebedeira destruísse seu cérebro, Raul juntou uma banda da pesada e gerou esse discasso, que pra mim é o melhor dele. Experimental, influenciado por Zappa, mesclando vários ritmos como frevo, calipso, samba, rock e até bolero, com letras hilariantes e geniais. O disco saiu logo de circulação e não ficou muito conhecido, então se vc quer ouvir um Raul além dos hits, tá aqui o quente.

Raul Seixas - Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta: Sessão das Dez (1971)

01 - Eta Vida
02 - Sessão Da Dez
03 - Eu Vou Botar Pra Ferver
04 - Eu Acho Graça
05 - Chorinho Inconsequente
06 - Quero Ir
07 - Soul Tabaroa
08 - Todo Mundo Está Feliz
09 - Aos Trancos E Barrancos
10 - Eu Não Quero Dizer Nada
11 - Dr. Pacheco
12 - Finale

Ouveaê!

Ratos de Porão -Feijoada Acidente? Brasil (1995)

Meia hora de som porrada, daqueles pra assustar a mãe ou dar uma lição nos vizinhos mais caretas, alidado a um panorama do punk nacional. O titulo do disco dá o tom da mistureba proposta pelos RxDxPx juntando desde moleques paranaenses como os Cascavelletes e ressucitando múmias como os Inocentes.
Destaques para "John Travolta" dos AI-5, uma verdadeira escarrada na cultura pop da época que manda o astro dos "Embalos de Sábado a Noite" e toda a sua turma para o inferno e "O Dotadão Deve Morrer", faixa em que o peso do som dos Ratos e os vocais retardados do Gordo salvam os Cascavelletes da imagens de menininhos perdidos no sertão do Paraná.
Há também faixas mais "cabeça" como "Capitalismo", "Desemprego" e "Tô Tenso". Para encerrar a Feijoada, nada como um cigarro e uma reunião com os amigos na última faixa, que aglutina "Direito de Fumar" e "A Turma".
Para ouvir no último volume, fica o desafio de entender os vocais de João Gordo.

Ratos de Porão - Feijoada Acidente? Brasil (1995)
1. Câncer (Hino Mortal) - 01:41
2. Olho de Gato (Olho Seco) - 00:59
3. Lobotomia (Lobotomia) - 01:09
4. John Travolta (AI-5) - 01:47
5. Não Podemos Falar (R.D.P.) - 00:35
6. Desemprego (Fogo Cruzado) - 01:40
7. Capitalismo (Psychic Possessor) - 01:25
8. A Bomba (R.D.P.) - 00:13
9. Falsa Liberdade (Olho Seco) - 01:05
10. Tô Tenso (Patife Band) - 02:27
11. Buracos Suburbanos (Psykóze) - 01:34
12. Corrupção (R.D.P.) - 01:01
13. Papai Noel (Garotos Podres) - 01:29
14. Medo de Morrer (Inocentes) - 01:08
15. O Dotadão Deve Morrer (Cascavelletes) - 02:31
16. Só Pensa em Matar (R.D.P.) - 01:27
17. Os Ratos (Anarkólatras) - 01:27
18. Classe Dominante (Restos De Nada) - 01:27
19. Direito de Fumar (R.D.P.) - 02:53+ Nós Somos A Turma (R.D.P.) - 02:08

Ouveaê!

Retirado daqui

The Kinks - The Village Green Preservation Society (1968)

A segunda metade da década de sessenta na Inglaterra, e em diversos outros lugares do mundo, foi de fato um tempo e um espaço muito legal para se estar, em parte graças às pencas de bandas fundamentais que surgiram na época. Os Kinks, e outras bandas do mesmo quilate como The Who, The Animals, The Yardbirds, entre outras, chegava bem perto do olimpo onde habitavam Beatles e Rolling Stones. E esse disco de 1968 é o auge da sonoridade dos Kinks, a mais legal dessas bandas na minha opinião. Inglês até a medula, ao mesmo tempo em que ironiza a sociedade tradicional britânica, Village Green tem uma pegada nostálgica, regada à dias de sol no parque, LSD, chá das cinco e a personalidade dândi de Ray Davis, principal compositor dos Kinks. Impossível não sorrir ao ouvir faixas como Picture Book, Animal Farm, Last of The Steam-Powered Trains, entre outras pepitas.

The Kinks - The Village Green Preservation Society (1968)

01 - The Village Green Preservation Society
02 - Do You Remember Walter?
03 - Picture Book
04 - Johnny Thunder
05 - Last of the Steam-powered Trains
06 - Big Sky
07 - Sitting by the Riverside
08 - Animal Farm
09 - Village Green
10 - Starstruck
11 - Phenomenal Cat
12 - All of My Friends Were There
13 - Wicked Annabella
14 - Monica
15 - People Take Pictures of Each Other
Ouveaê!

John Coltrane - Giant Steps (1960)

O que dizer do mestre John Coltrane? Talvez o melhor saxofonista que já andou sobre a terra, revolucionário do Jazz, mensageiro de Deus, um anjo caído na terra, que se viciou em heroína como tantos jazzistas contemporâneos, e criou algumas das mais duradouras e belas composições da história do Jazz. "A love supreme", com suas músicas espirituais, é considerado seu melhor disco, mas eu prefiro este Giant Steps, seu primeiro trabalho solo, depois de ter feito parte do quinteto de Miles Davis e participado do clássico Kind of Blue. Revolucionário do ponto de vista musical, suas músicas são consideradas por saxofonistas como as mais difíceis de tocar já compostas. A faixa-titúlo já é um bálsamo sonoro, e as que vem na sequência seguem na mesma toada, um jazz enérgico, cerebral e ao mesmo tempo sensorial, enfim, escutem e deleitem-se! Ah, e as músicas estão em 320 kbps, o máximo para MP3, para vcs aproveitarem ao máximo as texturas sonoras.

John Coltrane - Giant Steps (1960)

01 - Giant Steps
02 - Cousin Mary
03 - Countdown
04 - Spiral
05 - Syeeda's Song Flute
06 - Naima
07 - Mr. P.C

Ouveaê!

Dj Nuts - CulturaCópia (2004)

Pensar em quem é o melhor DJ depende da sua idéia do que seja um DJ. Pra mim o melhor DJ do Brasil momento é o Nuts. Ele vem do Hip Hop, é pesquisador sério de música, principalmente brasileira, e tem feeling e habilidade na hora de mandar ao vivo. Esse CulturaCópia é sua primeira mixtape lançada em CD, pelo selo Mochilla/Wax Poetics, e pode ser baixado, assim como outras mix do cara, no brogue dele. Na salada de colagens musicais do disco, a base é funky groove, mas há verdadeiras pérolas muito bem encadeadas, destaque pro homem chegando na lua e pro MIELE mandando o primeiro Rap feito no Brasil, sensacional. Entre os outros mixs que estão no blog, recomendo o EmbaloJovem, mais calcado no sambinha de salão.

bem, ouveaê!

Yo La Tengo - Quase 1 Tweet

Isso não é um post (seja no texto, ou na quantidade de músicas). De tão pequeno, deveria estar no Twitter. Mas pra sua sorte (ou azar) está aqui.

Em compensação, a banda é monstruosa.

Com mais de 25 anos de estrada, Yo La Tengo é, provavelmente e ao lado do Sonic Youth, um dos maiores patrimônios da música alternativa americana ainda na ativa. O disco novo sai em setembro, mas o som você já confere aqui. Por enquanto, apenas uma música.

Um swing, aliás, bem diferente do padrão "guitarra distorcida/wall of sound" tão yolatenguista.

Dica desnecessária: ótima música pro meio da madrugada. Depois que a primeira bebedeira já passou. E você está na dúvida: continuo ou paro. Pena que a gente nunca para.

Ouveaê!: Yo La Tengo - Periodically Double Or Triple

Fritz the Cat OST (1972) - Ed Bogas & Ray Shanklin

Trilha sonora do filme de animação dirigido por Ralph Bakshi e estrelando um dos personagens mais conhecidos do mago dos quadrinhos underground Robert Crumb, o gato malandro Fritz. O filme foi odiado por Crumb, que em represália matou Fritz em uma história subsequente. Mas o filme é legalzinho, e a trilha sonora é sensacional, só pedradas de funk jazz grooveado psicodélico, produzidas pela dupla Ed Bogas e Ray Shanklin. Tem também algumas músicas de outros artistas, como Bo Didley e a maravilhosa "Yesterdays", da diva Billie Holiday. Sonzera recomendadíssima!

Fritz the Cat OST (1972) - Ed Bogas & Ray Shanklin

01. Charles Earland - Black Talk (2:31)
02. Ray Shanklin - Duke's Theme (5:28)
03. Ed Bogas - Fritz The Cat (Not Suitable For Airplay) (0:57)
04. Cal Tjader - Mamblues (3:04)
05. Bo Diddley - Bo Diddley (2:22)
06. Ray Shanklin - Bertha's Theme (4:59)
07. Ed Bogas - Winston (2:21)
08. Ed Bogas - House Rock (2:57)
09. Ed Bogas - The Synagogue [Traditional] (1:15)
10. Billie Holiday - Yesterdays (3:27)
11. The Watson Sisters - Love Light Of Mine (2:50)
12. Ed Bogas - The Riot (3:13)
13. Ed Bogas & Ray Shanklin - You're The Only Girl (I Ever Really Loved) (3:14)

Ouveaê!

Chico Anysio & Arnaud Rodrigues - Azambuja & Cia. (1975)

Azambuja era o personagem de um programa do Chico Anysio na rede Globo em mil novecentos e guaraná com rolha. Se era engraçado ou não, eu não estava vivo para dizer, mas o fato é que um dos personagens do programa era Arnaud Rodrigues, músico talentoso que colaborou com o comediante neste disco de 1975.

Pelo que meus ouvidos puderam comprovar, a parceria deu bem certo na música. Não sei até que ponto vai o dedo do Chico Anysio no álbum, mas o de Arnaud Rodrigues é perceptível em belas faixas como Maristela, mais uma daquelas inspiradas homenagens às musas sambistas do subúrbio que tem o carnaval como pano de fundo da história. Vale a pena conferir também A Turma, faixa intrumental espirituosa e mais alto-astral do disco.

Sim, verdade, apesar de muito bom, o álbum tem dois monólogos que estão mais pra stand-up comedy do Chico Anysio. Não que ele seja ruim, pelo contrário, mas por mais engraçado que seja, uma mesma música ouvida vinte vezes ainda pode ser divertida, mas uma piada ouvida vinte vezes é um saco.

Azambuja & Cia. (1975)
01 - Negra Brecho
02 - Ao Bililico
03 - Tema De Azambuja
04 - Monologo No. 1
05 - Maristela
06 - O Poste Da Rua Jorge De Lima
07 - Verde
08 - A Turma
09 - Monologo No. 2

Ouveaê! (mas já aviso que não é Rapidshare...)

Abstract Keal Agram - Cluster Ville

Ouvi dizer que esse tipo de música é "eletrônica, orientada pelo hip hop abstrato". Não sei bem o que isso quer dizer, mas o som é de primeira, tem música tanto pra relaxar quanto para dar uma ligadeira ao som das batidas e instrumentos bem sampleados. Vale também atenção para os vocais.

Abstract Keal Agram - Cluster Ville (2003)
1- Del
2- Pièce
3- Brouillard
4- Mata Hari (feat Atoms Family) (Alaska & Cryptic)
5- A.C
6- Audio Crash
7- Petesbourg
8-L´Oreille Droite (feat James Delleck et La Caution) (Nikk Furie & Hi-tekk)
9- Jason Lytle
10- Nietzsche

Ouveaê!

Metallica - Death Magnetic (2008)

Último CD do Metallica, o nono dos caras, lembra a batida dos esquentas da molecada botucatuense pra balada, sempre mais miada que o esquenta... Saravá! Depois de muito tempo com sons pra vender CD eles voltam às raizes e mandam ver no metaaaal, e deixa os antigos e pródigos filhos com saudade das noites a base de vinho e cigarro.

Metallica - Death Magnetic (2008)

1. That Was Just Your Life
2. The End Of The Line
3. Broken, Beat & Scarred
4. The Day That Never Comes
5. All Nightmare Long
6. Cyanide
7. The Unforgiven III
8. The Judas Kiss
9. Suicide & Redemption
10. My Apocalypse
Ouveae

Dodô - Alguma Coisinha (2009)

Baterista da lendária banda indie PELVs, membro do Monobloco e DJ da festa Pessoas do Século Passado, Dodô fez esse disco em casa, todo com base em samples da música mundrungo-brasileira, e por cima canta com sua voz preguiçosa ótimas letras sobre... preguiça. O Trabalho Sujo explica melhor a história, mas digo que esse disquinho despretensioso, lançado apenas na internet através d'O Esquema, é uma pequena preciosidade. Ouçam Aê!

Dodô - Alguma Coisinha (2009)

1 - Alguma Coisinha
2 - Versus
3 - Toda a gloria do mundo
4 - Tudo dorme um pouco em voce
5 - A chuva morna antes do meio dia
6 - Docinha
7 - Rotina Tk
8 - Fax
9 - Minha cara
10 - Fim
11 - Cessoriago
12 - Alguma coisinha club mix

Ouveaê!

Tommy Guerrero - Return of the Bastard (2008)

Nos início dos anos 80 Tommy Guerrero foi membro da lendária Bones Brigade, equipe de skatistas patrocinados pela Powell-Peralta que também tinha entre seus membros Steve Caballero, Lance Mountain e Tony Hawk.

Ainda nos anos 80 tocou na banda de skate rock Free Beer. Depois de aposentar as rodinhas, já nos anos 90, ele partiu para a carreira solo, num estilo mais suave e grooveado, que você pode conferir nesse seu último álbum. Quase todas as faixas são instrumentais e um dos poucos vocais que aparecem no disco é do brasileiro Curumin.

Tommy Guerrero - Return of the Bastard (2008)
1. And the Folklore Continues
2. La Califas Perdido
3. I Would Go With You
4. No Time for Time
5. Bloodinthemud
6. Calling for Ya!
7. Zapata's Boots
8. Mosaic Man
9. What Have I Been Doing Since I Was Gone ?
10. Paper Switchblade
11. Never Forget To Remember
12. Run With the Hunted
13. New Terrain
14. 40 Summers
15. The Simple Man

Tommy Guerrero toca em São Paulo nessa semana. Dias 3 e 4 no FestivAlma, no Ibirapuera, e dia 5 no Espaço +Soma, na Vila Madalena. Vamoaê?

Ouveaê!