To ouvindo aqui essa sessão lendária de Bird e Miles ainda moleque quebrando tudo com estilo e categoria. Ah, nada como um jazzinho dubão... Vinte e três faixas de clássicos absolutos. Imagino que deve ter sido estar lá na gravação... Deleitem-se!
Charlie Parker & Miles Davis - Bluebird - Legendary Savoy Sessions (1947)
01 - Billie's Bounce 02 - Now's The Time 03 - Meandering 04 - Donna Lee 05 - Chasin' The Bird 06 - Cheryl 07 - Buzzy 08 - Milestones 09 - Little Willie Leaps 10 - Half Nelson 11 - Sippin' At Bells 12 - Another Hair-Do 13 - Blue Bird 14 - Klaunstance 15 - Bird Gets The Worm 16 - Barbados 17 - Ah-Leu-Cha 18 - Constellation 19 - Parker's Mood 20 - Perhaps 21 - Marmaduke 22 - Steeplechase 23 - Merry-Go-Round
O Neutral Milk Hotel é projeto do gênio frito Jeff Magnum, vocalista e letrista. Ele é de Ruston, um fim de mundo da Louisiana, e o Neutral Milk é produto da improvável cena indie/folk do local, centralizada no coletivo/gravadora Elephant Six. A molecada lá de Ruston cresceu ouvindo muita psicodelia, de Beatles, Zombies e Pink Floyd à Sonic Youth, e várias bandas saíram dessa mistura. Estamos aqui no território do neofolk psicodélico lo-fi americano, portanto, de gente como Wilco, Pavament e Olivia Tremor Control, ou seja, bálsamo para a galerinha INDIE. Mas é muito bom, a voz de Magnum é perfeita na pegada folk redneck, carregada de emoção. As letras são muito fritas, diz-se que muitas são relatos de sonhos do cara e há várias referências a coisas como o diário de Anne Frank, vale a pena pegar as letras para acompanhar. Uma pequena obra-prima.
Neutral Milk Hotel - In The Aeroplane Over The Sea (1998)
01 - The King of the Carrot Flowers, Pt. 1 02 - The King of the Carrot Flowers, Pt. 2 03 - In The Aeroplane Over the Sea 04 - Two-Headed Boy 05 - The Fool 06 - Holland, 1945 07 - Communist Daughter 08 - Oh Comely 09 - Ghost 10 - [Untitled] 11 - Two-Headed Boy. Pt. 2
Um pouco da good'old folk music no blog. Um pouco não, Johnny Cash e Bob Dylan estão para o gênero norte-americano como Pelé e Garrincha estão pro futebol brasileiro. Nessa época, 1969, Cash já era um ídolo consagrado na América dos Little Men, enquanto Dylan ainda era um meninão de talento, com uma obra em pleno engajamento político, mas aqui ele deixa as crpiticas de lado para fazer um dueto descompromissado com seu grande mestre.
Eu sei, o folk assim, roots, tradicional, pode não ser muito fácil de engolir com esse sotaque redneck. Mas dê uma chance à voz sepulcral de Cash e ao anasalado Bob Dylan, dois dos maiores nomes da música dos EUA. E se você não quiser perder tempo, vá direto ao ponto: Girl From The North Country, um folk capaz de colocar lágrimas nos olhos do maior dos headbangers.
Aqui, um vídeo que acredito ser dessas sessões gravadas no estúdio da CBS, em Nashville: One too many mornings.
Johnny Cash & Bob Dylan - Sessions (1969)
01 - One Too Many Mornings 02 - Mountain Dew 03 - I Still Miss Someone 04 - Careless Love 05 - Matchbox 06 - That's Alright, Mama 07 - Big River 08 - Girl From The North Country 09 - I Walk The Line 10 - You Are My Sunshine 11 - Ring Of Fire 12 - Guess Things Happen That Way 13 - Just A Closer Walk With Thee 14 - Blue Yodel 15 - Blue Yodel No 5 16 - I Threw It All Away 17 - Living The Blues 18 - Girl From The North Country 19 - Nashville Skyline Rag 20 - I Threw It All Away 21 - Peggy Day 22 - Country Pie 23 - Tonight, I'll Be Staying Here With You Ouveaê
Vou variar um pouco (será que posso?) aqui, colocando ao invés de um álbum um documentário musical. E não um documentário qualquer, trata-se do já histórico Dub Echoes, a história definitiva do Dub jamaicano e sua influência. É falado em inglês, com entrevistas de todos os maiores nomes vivos do dub jamaicano e diversos músicos e produtores de diversos estilos influenciados pelas batidas hipnóticas e pelo baixo pesadão desse estilo peculiar derivado do reggae e do dancehall, cujo desenvolvimento foi fundamental no surgimento do hip hop e da música eletrônica. Mas o grande lance é que Dub Echoes foi feito e editado no Brasil, dirigido pelo jornalista Bruno Natal, do blog URbe, com pesquisa do DJ carioca Chicodub. Está fazendo muito sucesso lá fora, participando de diversos festivais internacionais de documentários, e aqui foi indicado ao prêmio de melhor documentário musical no VMB e exibido no Festival Resfest. Mais informações no site oficial, mas esse link é não-oficial porém carinhosamente permitido pelo Bruno Natal, pelo que eu entendi, então pode ver sem medo.
"Many of the tracks here do have a distinct air of familiarity. I'm not sure if that's more from soundtracking use of this material or just from ripping off Martin Denny, but you probably won't have your mind blown. With a rum in juice in hand (well hopefully in a glass first), the groove of this album should become apparent. There's definitely a consistency of jungle-lounge sounds emanating from these French fellows, so I'll simply note that I tend to dig most the wah-wah guitar tracks of "The White Snake" and "Shere Khan," and the light funk of "Bali Girl" and "Tropical." "Mowgli" does a fine job of bouncing back some of the Smile-like sounds. I want to like some of the more mysterious tracks like "Murmuring Leaves" and "Creeping Danger," but I just keep waiting for the damn things to completely morph into "Quiet Village"
Nino Nardini - Jungle Obsession (1983) 1. Jungle Obsession 2. Murmuring Leaves 3. Mowgli 4. Bagheera 5. Creeping Danger 6. Malaysia 7. Jungle Spell 8. The White Snake 9. Shere Khan 10. Tropical Call 11. Bali Girl 12. Jungle Mistery
Bibio é folktronica. Folk + Eletronica. Got? Got? É bem bonito. Ouveaê.
Bibio - Vignetting the Compost (2009) 01. Flesh Rots, Pip Sown 02. Mr. & Mrs. Compost 03. Everglad Everglade 04. Dopplerton 05. Great Are The Piths 06. Odd Paws 07. Under The Pier 08. Weekend Wildfire 09. The Clothesline And The Silver Birch 10. Torn Under The Window Light 11. The Ephemeral Bluebell 12. Over The Far And Hills Away 13. Amongst The Bark And Fungus 14. Top Soil 15. Thatched 16. The Garden Shelter
Esse disco já é tão conhecido e considerado um dos grandes clássicos do século 20 que imagino que muitos de vocês já tenham, mas nunca é demais reforçar: é realmente uma das obras-primas da música produzida no século passado, isso além de rótulos como rock, psicodelia ou música pop, até porque é um marco também da música de vanguarda. Isso devido ao fato de o Velvet ser formado por parte da nata da vanguarda artística junkie de Nova York dos anos 60. O núcleo da banda era a dupla Lou Reed (vocal e guitarra) e John Cale (baixo, viola e órgão). O novaiorquino Reed era um roqueiro típico, mas se envolveu na vanguarda musical da cidade nos tempos loucos dos anos 60, e o galês Cale era um violinista erudito, discípulo de gente como o minimalista John Cage, que se interessou pela crueza e potencial revolucionário do Rock. Junte a essa mistura o midas da pop art Andy Warhol, que apadrinhou o grupo, e o resultado foi esse que é um dos discos mais influentes de todos os tempos, mas que foi pouco ouvido na época de lançamento, além da patota artística que frequentavam. Mas diz a lenda que boa parte dos poucos que ouviram o disco criaram suas próprias bandas fundamentais, e o Velvet foi o padroeiro de todas as trangressões sonoras que desembocaram no punk e no rock alternativo dos anos 80, quando já eram lenda.
Esse álbum tem a participação da modelo alemã Nico, outra habitué da turminha de Warhol, que empresta sua voz inusitada a faixas oníricas como Femme Fatale e All tomorrow's parties. Reed canta as mais cruas, como Heroin e I'm waiting for the man, que falam abertamente sobre o vício em heroína. Bom, já falei demais, e música é pra ouvir, então ouveaê!
The Velvet Underground - The Velet Underground & Nico (1967)
01 - Sunday Morning 02 - I’m Waiting for the Man 03 - Femme Fatale 04 - Venus in Furs 05 - Run Run Run 06 - All Tomorrow’s Parties 07 - Heroin 08 - There She Goes Again 09 - I’ll Be Your Mirror 10 - The Black Angel’s Death Song 11 - European Son
Esse som me foi apresentado através do comparsa Diogo Jorge. O guitarrista brasileiro Djalma de Andrade (1923 - 1987), conhecido como Bola Sete, era um monstro da guitarra, e em 1958 já mencionava o 'samba rock' na música 'Baccara', do disco 'E aqui está o Bola Sete. Radicado nos Estados Unidos, lançou discos como esse Shababa, irresístível nos suingue das seis músicas próprias e nas versões de músicas dos Beatles, como Polythene Pam e She Came Through the Bathroom Window. Recomendadíssimo!
Bola Sete - Shebaba (1971)
01 - Shebaba 02 - Complicado 03 - Bola Beat 04 - Polythene Pam/She Came in Through the Bathroom Window 05 - Roda 06 - It's Gonna Change 07 - Melossa 08 - Baccara 09 - My Sweet Lord 10 - Street Market
Esse é o primeiro album dos paraibanos do Cabruêra, lançado em 98, e leva o nome da banda. O grupo mistura influências regionais com música contemporânea criando músicas instigantes como "forró esferográfico". Olha a definição que achei "Os cabras da Cabruêra chegam eletrificando cocos, envenenando cirandas, sampleando repentes e o que mais se apresentar. (...) Uns começaram regueiros, outros roqueiros, outros funkeiros, mas acabaram derivando para a sua própria mistura. (...) Seu show é uma mescla de forró com Pink Floyd, coco com Hermeto Paschoal, ciranda com Funk, maracatu com Frank Zappa, embolada com rock; trata-se de um verdadeiro caldeirão de ritmos e culturas musicais sem perder suas raízes."
Cabruêra - Cabruêra (2000) 1. Loa de Cheganca 2. Forró Esferográfico 3. Cangaço 4. Munganze 5. Ciência Nordestina 6. Música Nova 7. Galopeando 8. Parapoderembolar 9. Certo Sertão 10. Bagaçera 11. Pontal 12. Nada Para O Pedro
"Panorama Percussivo Mundial - Perc Pan, o mais importante festival de música percussiva do Brasil". Destaque no festival é uma banda americana de Zach Condon que combina elementos do Leste Europeu e do folk. Tem o trompete, acordeon e o ukelele (violão havaiano) como seus principais instrumentos, além de violino e outros.
Estará em São Paulo, no Via funchal, dia 11 de setembro. Os ingressos já estão a venda. Variam de R$60 a R$180.
Ficou famosa aqui pela musica tema de "Capitu", minissérie exibida pela Rede Globo, este ano.
Em 2006, lançaram dois álbuns inspirados pelos Balcãs, Gulag Orkestar e Lon Gisland. Também lançaram outras músicas separadas, três disponíveis no Pompeii EP, outra num split-CD junto a Calexico, e outra numa coletânea para a revista The Believer.
Meu album preferido, The Flying Club Cup(2007)
1. Call to Arms 2. Nantes 3. A Sunday Smile 4. Guyamas Sonora 5. Le Banlieu 6. Cliquot 7. The Penalty 8. Forks and Knives (La Fete) 9. In the Mausoleum 10. Un Dernier Verre (Pour la Route) 11. Cherbourg 12. St. Apollonia 13. The Flying Club Cup
Quem diria que já faz dez anos que essa obra prima psicodélica criada nas profundezas das mentes de Wayne Coyne, Steve Drozd e seus asseclas foi lançada... Da geração de ouro do rock alternativo norte-americano o Flaming Lips é a que melhor flerta com a psicodelia e sons viajantes, com direito a harmonias celestiais e a voz de anjo frito desafinado do Wayne Coyne. Esse disco foi lançado após o experimental disco quádruplo Zaireeka, cujos quatro discos tinham que ser ouvidos ao mesmo tempo. As fritações continuam em The Soft Bulletin, mas a músicas são mais convencionais, quase pop às vezes. Enfim, ouçam aÊ!
The Flaming Lips - The Soft Bulletin (1999)
1. Race for the Prize 2. A Spoonful Weighs a Ton 3. The Spark That Bled 4. Slow Motion 5. What Is the Light? 6. The Observer 7. Waitin’ for a Superman 8. Suddenly Everything Has Changed 9. The Gash 10. Feeling Yourself Disintegrate 11. Sleeping on the Roof 12. Race for the Prize 13. Waitin’ for a Superman 14. Buggin’