Esse disco já é tão conhecido e considerado um dos grandes clássicos do século 20 que imagino que muitos de vocês já tenham, mas nunca é demais reforçar: é realmente uma das obras-primas da música produzida no século passado, isso além de rótulos como rock, psicodelia ou música pop, até porque é um marco também da música de vanguarda. Isso devido ao fato de o Velvet ser formado por parte da nata da vanguarda artística junkie de Nova York dos anos 60. O núcleo da banda era a dupla Lou Reed (vocal e guitarra) e John Cale (baixo, viola e órgão). O novaiorquino Reed era um roqueiro típico, mas se envolveu na vanguarda musical da cidade nos tempos loucos dos anos 60, e o galês Cale era um violinista erudito, discípulo de gente como o minimalista John Cage, que se interessou pela crueza e potencial revolucionário do Rock. Junte a essa mistura o midas da pop art Andy Warhol, que apadrinhou o grupo, e o resultado foi esse que é um dos discos mais influentes de todos os tempos, mas que foi pouco ouvido na época de lançamento, além da patota artística que frequentavam. Mas diz a lenda que boa parte dos poucos que ouviram o disco criaram suas próprias bandas fundamentais, e o Velvet foi o padroeiro de todas as trangressões sonoras que desembocaram no punk e no rock alternativo dos anos 80, quando já eram lenda.
Esse álbum tem a participação da modelo alemã Nico, outra habitué da turminha de Warhol, que empresta sua voz inusitada a faixas oníricas como Femme Fatale e All tomorrow's parties. Reed canta as mais cruas, como Heroin e I'm waiting for the man, que falam abertamente sobre o vício em heroína.
Bom, já falei demais, e música é pra ouvir, então ouveaê!
The Velvet Underground - The Velet Underground & Nico (1967)
01 - Sunday Morning
02 - I’m Waiting for the Man
03 - Femme Fatale
04 - Venus in Furs
05 - Run Run Run
06 - All Tomorrow’s Parties
07 - Heroin
08 - There She Goes Again
09 - I’ll Be Your Mirror
10 - The Black Angel’s Death Song
11 - European Son
Ouveaê!
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